Razões pelas quais as fibras de poliéster são preferíveis ao polipropileno em aplicações de geotêxteis
- dkfiber2004
- 17 de nov.
- 3 min de leitura
Atualizado: 19 de nov.

Os geotêxteis utilizados em diversas áreas da engenharia civil — como estradas, ferrovias e barragens — exigem estabilidade e durabilidade a longo prazo. Por isso, a seleção do material de fibra não tecida adequado é essencial, pois afeta diretamente a qualidade e o desempenho das obras.
Os dois principais materiais usados em geotêxteis não tecidos são a fibra de poliéster (PET) e a fibra de polipropileno (PP). Embora ambos sejam amplamente utilizados em geotêxteis, a adoção de fibras de poliéster tem crescido rapidamente em projetos de engenharia civil ao redor do mundo.
Neste artigo, analisaremos as vantagens do poliéster e explicaremos por que o uso de fibras de poliéster está aumentando no setor de geotêxteis.
1. Durabilidade Superior a Longo Prazo (Resistência ao Creep)

Como os geotêxteis são submetidos a cargas contínuas por longos períodos, a resistência à deformação a longo prazo é um fator crítico.
As fibras de poliéster apresentam baixa deformação sob cargas constantes e mantêm estabilidade estrutural ao longo do tempo. Em contraste, o polipropileno pode sofrer deformações com o passar dos anos; em aplicações de engenharia civil, sua resistência à tração tende a diminuir mais rapidamente em comparação às fibras de poliéster.
Em aplicações onde o desempenho sob carga é essencial — como fundações de estradas ou reforço de solos moles — os não tecidos produzidos com poliéster oferecem uma clara vantagem.
2. Excelente Estabilidade em Altas Temperaturas e Resistência Ambiental

A fibra de poliéster oferece estabilidade superior em altas temperaturas e sob diversas condições ambientais pelos seguintes motivos:
Alto ponto de fusão, aproximadamente 255 °C, proporcionando excelente resistência à deformação térmica.
Menor degradação estrutural sob exposição aos raios UV, ambientes ácidos/alcalinos e intempéries gerais.
Adequação para solos de alta temperatura, climas desérticos e projetos com exposição prolongada à luz solar.
Em contraste, o polipropileno possui um ponto de fusão muito mais baixo — cerca de 160 °C — resultando em uma deterioração de desempenho muito mais rápida quando submetido a temperaturas elevadas.
3. Maior Uniformidade na Resistência à Tração e Alongamento

A fibra de poliéster apresenta propriedades de resistência à tração e alongamento altamente consistentes.
As fibras de poliéster possuem resistência à tração média de 3,5–6,0 g/den e alongamento médio de 30–60%. Graças a essas características, as fibras de poliéster mantêm excelente estabilidade estrutural e oferecem desempenho uniforme.
Devido às suas características de fabricação, a fibra de polipropileno apresenta maior variação na resistência e não oferece o mesmo nível de consistência a longo prazo que o poliéster.
Por que a deformação ocorre mais rapidamente no polipropileno (PP)

Então, por que o polipropileno (PP) apresenta deformação mais rapidamente do que o poliéster?
O PP é um polímero semicristalino com uma temperatura de transição vítrea (Tg) muito baixa.
A temperatura na qual um polímero passa de um estado rígido para um estado mais macio é chamada de temperatura de transição vítrea (Tg).O polipropileno possui uma Tg de aproximadamente 0°C, que é significativamente inferior à do PET (cerca de 70–80°C).
Essa Tg baixa faz com que as cadeias moleculares do PP se movam com facilidade em temperatura ambiente, tornando as fibras mais suscetíveis à deformação sob cargas prolongadas.Como resultado, fibras de PP podem apresentar maior alongamento ou redução gradual da resistência à tração quando submetidas a esforços contínuos.
O PP possui força de atração intermolecular (força de ligação) mais fraca do que o PET.
O poliéster (PET) contém estruturas rígidas baseadas em anéis benzênicos e possui alta polaridade, características que criam fortes ligações intermoleculares dentro da fibra.Em contraste, o PP possui uma estrutura simples de cadeia carbônica, resultando em coesão molecular muito mais fraca.
Por essa razão, as cadeias moleculares do PP escorregam com mais facilidade sob cargas de longa duração, levando a uma deformação mais rápida ao longo do tempo.
O PP apresenta baixa estabilidade térmica e é vulnerável a variações de temperatura.
O ponto de fusão do PP é de aproximadamente 160°C, valor muito inferior ao ponto de fusão do PET (cerca de 255°C).
Como consequência, o PP sofre degradação de desempenho muito mais rapidamente quando exposto a temperaturas elevadas.Em países onde a temperatura do solo é alta, o calor acumulado no terreno pode alcançar níveis em que o baixo ponto de fusão do PP se torna uma limitação crítica.
Em resumo, a fibra de poliéster mantém excelente estabilidade em altas temperaturas e elevada resistência ambiental, garantindo que sua resistência à tração e seu alongamento não se deformem facilmente. Como resultado, apresenta perda mínima de desempenho diante da umidade ou de variações de temperatura, sendo muito mais adequada para aplicações geotêxteis em comparação ao PP.
A DK FIBER fornece uma ampla variedade de especificações de fibras de poliéster, otimizadas para tecidos não tecidos utilizados em engenharia civil. Estamos prontos para recomendar as especificações mais adequadas para os produtos geotêxteis que você está planejando.
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